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Imobiliário logístico caiu 59% no trimestre

Imobiliário logístico caiu 59% no trimestre

O investimento em imobiliário logístico em Portugal caiu no primeiro trimestre, mas o sector continua dinâmico e há falta de oferta para a procura latente, estima a CBRE.

No primeiro trimestre de 2024, o investimento em imobiliário logístico no País totalizou nove milhões de euros, numa quebra homóloga de 59%, avançam os CBRE Figures.

No mesmo período, foram ocupados apenas 23 350 metros quadrados de espaços logísticos, num recuo de 85%. Mas aí, avisa a consultora, a comparação deve levar em conta o carácter excepcional do primeiro trimestre de 2023, quando a Mercadona e a Lidl ocuparam cerca de 100 mil metros quadrados em Loures.

Lisboa concentrou 70% da colocação de espaços logísticos até ao final de Março, com um total de cerca de 16 mil metros quadrados. Se em termos homólogos a queda atingiu os 83%, pelos movimentos já referidos, a CBRE assinala também o recuo de 13% face ao último trimestre de 2023.

Durante o trimestre não foram concluídos novos projectos, mas há 11 em construção para terminarem ainda este ano, num total de 425 mil metros quadrados, dos quais 280 mil já estão comprometidos.

No Porto, foram colocados 2 500 metros quadrados, cerca de metade de há um ano.

O projecto da logicamenteno Ermida Logistic Park, em Santo Tirso, com 30 mil  metros quadrados, foi o único concluído na região no primeiro trimestre, mas até ao final do ano é esperada a conclusão de mais 115 mil metros quadrados (79 500 já contratados) – o maior será o Panattoni Park Porto, com 75 mil metros quadrados, assinala a CBRE.

A escassez de oferta de qualidade está a pressionar as rendas em alta.

No caso de Lisboa, o eixo Sintra – Cascais – CRIL destronou o pólo Carregado – Azambuja no topo das rendas mais caras, com um valor médio de seis euros / metro quadrado. Seguem-se-lhe Lisboa (5,75 euros/m2), Loures – Vialonga e Póvoa de Santa Iria – Alverca (5,5 euros/m2) e só depois Carregado – Azambuja (4.75 euros/m2).

No Porto, a zona do aeroporto é a mais cara, nos 5,5 euros/m2 (num aumento homólogo de 10%). Maia, Matosinhos – Perafita e Vila Nova de Gaia registam rendas de 5 euros/m2, seguindo-se-lhes Vila do Conde e Alfena nos 4,5 euros/m2.

Em termos globais, a CBRE conclui que a confiança no mercado português se mantém sólida, com várias transacções relevantes a serem executadas, num total de €273 milhões, o que significa um aumento de 8% face ao período homólogo. Os hotéis, residências de estudantes e centros comerciais são as classes de activos que continuam a estar no topo das preferências dos investidores em 2024, com os segmentos de hotelaria e retalho a concentrarem 60% do volume total investido.

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